A virgindade

Sua nudez juvenil estampava a timidez da virgindade ainda presente. Seria sua primeira vez e estava agora de corpo nu, à frente dele. Sua puberdade exalava aromas que atraíam até os não pedófilos, prova disso era que ele era apenas três anos mais velho.
Estava nervosa, ansiosa. O medo fluía do pé à cabeça, e a maliciosidade daquele olhar não ajudava. Já a despia com o olhar normalmente, agora devia estar tendo pensamentos perversos. Ela se sentiu confusa. Em parte se sentia amada, desejada, mas em outra, se sentia receosa, culpada. Aquilo não seria correto, mas devia ser tão bom.
Cara leitora, se estiver pensando em largar de mão este texto, o momento certo é esse. Se você costuma ter nojo de coisas banais, pare aqui. Eu entendo a falta de adoração por parte das senhoras pelo o que há de vir, mas vocês irão de convir, e deixar de hipocrisia, que isso realmente deve ser prazeroso...
Aproximou-se dele. Realmente não tinha idéia de como fazer aquilo, mas iria dançar conforme a música. O que ele quisesse, ela faria. Ele seria o mestre da situação e conduziria todo o show. Os beijos calorosos realizavam aquilo que ela temia. Aquilo seria gostoso. Mordidas, chupões, lambidas. Se fosse alguns anos mais nova, teria asco daquilo, mas agora entendia o porquê dos meninos assistirem aquelas pornografias. Ele desceu a boca em sua nuca. As baforadas lhe causavam calafrios e as chupadas deixavam marcas de amor, de ódio, de stress. Conforme ele ia derretendo o corpo dela, ia descendo mais e mais os lábios. Chegou à barriga e parou. Fez uma festa lá, coisa que ela nunca imaginou. Não, espera. Ela não podia imaginar o que viria. Ele desceu mais e chegou "lá". Se ela já se derretia toda com a anterior, agora estava em processo de evaporação. Alcançou o nirvana e estava flutuando em nuvens de libido. Antes que pudesse perceber, ele já alavancava sua força máscula e a introduzia algo novo. Um mundo se abriu naquele momento. Ela viajava em delírios e pensamentos, enquanto ele se focava para ter êxito, efetividade. A maré corporal a fazia subir e descer conforme a onda passava. Galopava em campo aberto, rumo à liberdade. O calor aumentava a excitação do momento e o medo que ela sentia. Estava mais confusa do que inicialmente. "Meu deus, isso é tão bom, mas é tão errado, será que ele vai se importar, queria tanto tentar, AHHH!!!" A loucura aumentava conforme ele a apresentava às novas modalidades daqueles jogos de amor. Estavam com o ouro ganho. Que os Estados Unidos viessem, pois estava preparados. Insano não eram os anabolizantes americanos, era o que eles faziam naquele quarto. O suor era impossível de se parar, o que era bom, os corpos deslizavam mais facilmente. Era algo tão estranho fazer aquilo, mas extremamente bom. Ela pensou que ele não havia gostado, pelo rosto, mas ele não pensava em nada (normal, não?).
Naquele antro de perdição eles ficaram. Se eu dissesse que ficaram horas, seria pouco. Se trancaram naquele apartamento e de lá não saíram por uma semana. Quer dizer, ele não saiu. Ela saía feliz, contente e realizada. Havia cumprido o que prometera. Tinha perdido a virgindade e agora sabia como era se sentir poderosa. Como era sentir prazer de verdade. Nunca tinha matado alguém, mas sempre há uma primeira vez para tudo...

2 comentários:

  1. Que frases, que enredo...o envolvimento deles envolveu a mim, sem palavras.
    xD

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  2. Como a Pâm falou, envolve o leitor em sua teia de prazer e a descoberta de sensações novas!
    Muito bom, de verdade!

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