Na semana seguinte, passado o cansaço físico e moral, comecei a traçar os planos seguintes para minha vida. Passado o fracasso, eu queria um pouco de sucesso. De uma forma totalmente inesperada, uma nova "Ela" me apareceu. Para falar a verdade, eu nunca suspeitara dela, nem nunca teria imaginado. De uma forma meiga, Ela foi se aproximando, puxando papo (o vulgar "dando bola"), até que um dia se revelou, e de uma forma doce e carinhosa conversou comigo. A principio, eu estava receoso. Mal fizera uma semana do meu último fracasso e já me aparecia uma nova pessoa. Ou era muita sorte ou era uma tremenda enrascada. Meu deus, como eu não queria ter entrado na dela. Mas como ingênuo e desatento que sou, quis experimentar o sabor do amor e testar seus efeitos, ainda que não fossem verdadeiros. Caí na cilada.
Poucos dias depois, seria um ano novo (de novo), e eu iria viajar. Não queria viajar e ficar 15 dias longe (mas bem longe mesmo), sem ao menos sair com a garota. Combinamos de nos encontrar em um parque. Aquela tarde havia sido perfeita. Nunca me sentira tão bem em tão pouco tempo. Eu era um corcel, livre no pasto. Experimentei, enfim, o gosto do amor, o sabor do beijo, a sensação do calor, tudo o que sempre sonhei. Mas tudo que é bom acaba e com aquele encontro não seria diferente. Eu ainda não me sentia totalmente seguro, afinal não faziam duas semanas desde o meu derradeiro desatino. Mas sei lá, até que tive um pingo de esperança que aquilo desse certo. Durou o suficiente para eu aprender. Por volta de dois meses depois, já estávamos terminando tudo.
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