Felicidade, velha companheira, aparecia de novo na minha porta, mas eu já não sabia como me dar com ela. Por parte, a banda foi efetiva em sua empreitada. Por outra, bem...
De todos os meus amigos, a Felicidade era a que mais dava trabalho. Nós nunca nos entendíamos. Problemas de comunicação, eu achava. Meu interior nunca foi muito bem conectado com nada. Quando as pessoas me perguntavam algo pessoal, costumava ficar calado e fazer um triste "aham" distanciando a conversa daquele ponto.
Detestava ser fechado, mas era meu maldito jeito. Acostumei-me com aquilo e vivia assim. Não devia, mas seguia com aquela sina. Agora a velha companheira voltava com suas armas carregadas e as apontava para mim. Eu estava na mira dela e não sabia se queria ser atingido ou se queria me esquivar. Fazer uma roleta russa era melhor. Assim nós dois ficaríamos satisfeitos. Tentaria a sorte mais uma vez. Sempre tentava...
Se eu tomasse chumbo, seria alvejado por uma onda de paz, amor e felicidade, mas poderia terminar mal em um hospital para doentes psiquiátricos. Se fugisse, continuaria minha vida normal, mas riscando me arrepender em um futuro, provavelmente, próximo. Decisões, queridas decisões, porque diabos me torturam tanto. Eu merecia sofrer por algo assim? Eu realmente não sabia, e odiava estar em situações como essa. Mesmo assim, adorava saber que tudo poderia dar certo. Pelo menos a oportunidade era boa. Já tinha conhecimento do caminho, só precisava confirmar tudo. Ou deveria ter este conhecimento. Oh! Amada felicidade, por favor, não se vá...
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