Ah Menina-Moça, quanta saudade daqueles nossos dias de verão. Época tão saudável nas nossas vidas. Quando a liberdade era mais do que uma palavra. Quando o amor, a gente vivia. Quando prazer se sentia a cada segundo, ao respirar aquela brisa maravilhosa, sob o nosso sol a nos iluminar. Seus cabelos, ó Menina, tão macios e perfumados, se misturavam à sombra das copas das árvores a nos proteger. Estranho era pensar que aquele verde nos protegeria de tudo. Deveríamos ter repensado a nossa segurança...
É, bons tempos aqueles... Preocupação era arranjar um lugar VIP. Um canto para nós. Nosso samba continua a tocar naqueles becos. Mudaram apenas os percussionistas, mas a batida ainda é a mesma. Aquela batida da vida, a batucar nos nossos peitos colados... Há, quem dera nossa segurança tivesse sido reforçada. Talvez o Tempo não tivesse ido nos buscar naquela tarde.
Maldita tarde. Depois dela, nós nos formamos na escola da vida. Descobrimos que o amor não se vive, se imagina. Que a liberdade é só um sonho. Que o prazer é algo tão difícil de se conseguir, que nenhum esforço vai valer a recompensa... É Menina-Moça, nossa vida acabou naquela tarde de verão. Nossos ideais ficaram naquelas ruas aonde passeávamos. Nossa libido ficou naquelas copas a nos proteger. Bem, parece que se proteger embaixo de uma árvore não foi a coisa mais inteligente que fizemos naquele verão...
Envolvente!
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